quarta-feira, 28 de maio de 2014

Que alívio que é meu bem 
ser sombra aqui ou acolá 
conjugar o verbo viver cansa
nem sempre a felicidade é o melhor a se propagar

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Seja

Benito seja quem gerou a dor
Permite-nos relatar desamor 
Ingerir constâncias insalubres 
Pleiteando joelhos cruzados sob o chão úmido,
das lágrimas que teus olhos derramaram 
Outrora, sorrirá, desfrutando do discernimento acrescido à experiência,
que é crescer, viver, ser alguém que ri e chora
Questionando-se o por quê...

sábado, 10 de maio de 2014

Eu

Quero te conhecer

Fantasiar momentos marcantes com você
Chamar-te de aurora, te enaltecer
Vermos as dificuldades ser motivo pra sorrir ao amanhecer
Dormir, acordar
Com ou sem você
E, se segunda opção, lembrar de quando estávamos na cama
Com pernas entrelaçadas, vendo o tempo sorrir pra gente
Tudo terá de ter um pouco de você

Na distância, ter um motivo pra lembrar-se de você
Por você existir pra me ter
Por que se lembrar de amar, é viver

Quero te conhecer
Ser a retina que fotografa seus olhos sonhadores
Eternizar o primeiro toque em mil noites de prazer

Por isso quero te conhecer

Pra te ter... 

sexta-feira, 9 de maio de 2014

domingo, 27 de abril de 2014

Pela carne, pelo amor

Meço teus lábios e o sabor dos mesmos de modo que os obstáculos sejam bons.
Cada conjuntura propiciada a compor tuas atitudes reafirma a beleza contida nesta capacidade intelectual a ti concebida.
Gostas de rock, venero pop.

Gostaria eu, ser fingidor.
Fingir tão bem que meus olhos não suplicam por teu amor. Ter o prazer de ejacular teu sorriso farto, norteador deste pulverizador.

Quero tua carne sobre a cama, me fartar de comê-la.
Comê-la, comê-la... E comê-la,
Almejo morrer estafado de prazer,

Do teu amor. 

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Libertar-se – libertei

   Se libertar traz tanto prazer quanto degustar de uma tigela de prestígio. Compara-se a ejacular, vivenciar momentos que eternizam na memória, receber um bom dia inesperado de um sujeito que demonstra explicitamente a antipatia por você, como, até mesmo, receber um "não" para ir a aquela festa desejada por meses, e ter como justificava da sua mãe: “só quero te proteger, filho.” Somos alugados pela vida para atuar nos mais variados âmbitos, acostumar-se facilmente não é uma dádiva adaptada a generalização. E, libertar-se, há de ser a causa de uma dor momentânea, uma saudade não curada. Porque, no fundo, libertar-se é lembrar já - desprendido - esquecendo. Embora saibamos ser mecanizados: o que não presta, vai para o lixo. Se valida aí trazer a memória que a coleta seletiva não age freneticamente, comparável aos nossos sentimentos. Como dizia o filósofo Heráclito: “nunca entramos no mesmo rio por duas vezes”, é contraditório às estações, embora seja clara a citação, nós nunca nos unificaremos de um só modo, adiante viverá ausente do entristecer-se, sem comparações banais, sem doses de chateações diárias. Ao começar uma degradação emocional, os papéis irão se inverter. Nunca, nunca iremos nos deparar frente ao espelho igualmente estávamos ontem. A vida, nada mais é que este clico dosado de tudo, dos mais agradáveis adjetivos e seus antônimos. Libertar-se é não se prender a amarras que satisfaz, causadora de euforia emocional, envolvimentos sentimentais, é perdoar a mudança, não ousar questionar e/ou adivinhar o que a vida lhe reserva para o amanhã. Libertei-me do sentimento canalha enraizado, dos variados tons (falsos) de "amigo" vindo da boca de quem me rodeava, dos desejos promíscuos e insanos. Hoje, ao meu redor priorizo quem possui equilibrado teor de aconchego, simplicidade, sem a execução de falhas contínuas e ao cometê-las... ser pego de surpresa com "errei, me desculpe", pessoas estas, de característica moral admirável.


   Libertar-se, em síntese, é estimular o bem, o bom, viver tranquilamente. 

quarta-feira, 12 de março de 2014

Tua gentileza

Apetece-me pôr os olhos nos teus cabelos macios, diante a brancura do céu, todo liso, sem uma nuvem, de uma majestade divina.

Tatear estes lábios rosados, prodigamente encaixando-se nos meus. Sob o brilho etéreo dos teus olhos, com o suave cheiro da colônia distribuída ao teu corpo compus poemas.

Ó meu doce querer, mais conciliada com o destino inclemente, colhe-me.